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mas afinal, o que é
REPRESENTAÇÃO ARQUITETÔNICA ?
REPRESENTAÇÃO ARQUITETÔNICA ?
A representação é um aspecto importante de qualquer disciplina visual ou com base no desenho, e as técnicas para representar ideias arquitetônicas são excitantes e desafiadoras.
Desenhos arquitetônicos empregam um tipo de linguagem, e o dialeto correto varia para cada situação. A linguagem para o desenho arquitetônico é variada, mas o vocabulário é básico.
Assim como qualquer técnica de desenho, é importante praticar e desenvolver suas próprias habilidades e adaptar os métodos a diferentes situações.
"
Quando começamos esse trabalho, tínhamos uma percepção limitada do que englobava a expressão. No nosso entendimento, quando falávamos em representação era como um sinônimo para o que hoje sabemos que são os desenhos de apresentação.
Isso nos levou a duas questões importantes:
Por que, já no final da graduação, ainda temos dificuldade em definir um termo que usamos diariamente, o que nos leva à pergunta com que começamos essa página.
Além disso, qual a relação de outras pessoas com o termo e como elas o definem?
Sem a intenção de chegar a uma definição única, percebemos ser interessante apresentar diferentes percepções e relações feitas seja por autores das nossas referências bibliográficas, seja por alunos ou professores com quem conversamos. Acreditamos que a observação e conhecimento destes outros pontos de vista, associados à experiência pessoal de cada um, leva a uma reflexão e associação única que, não por isso, seja menos válida ou errada.
"o que, para você, é representação arquitetônica?"
Percebendo a recorrência de algumas palavras, e acrescentando algumas outras que acreditamos estarem também associadas, colocamos na roda algumas definições terminológicas extraídas do dicionário Oxford.
1. representação de seres, objetos, etc., feita sobre uma superfície, por meios gráicos, com instrumentos apropriados;
2. representação de objetos executada para fins científicos, técnicos, industriais, ornamentais; planta, risco, traçado.
de • se • nho
fer • ra • men • ta
1. qualquer instrumento necessário à prática profissional;
2. meio para alcançar um fim.
1. ideia ou imagem que concebemos do mundo ou de alguma coisa;
2. operação pela qual a mente tem presente em si mesma a imagem, a ideia ou o conceito que correspondem a um objeto que se encontra fora da consciência.
re • pre • sen • ta • ção
lin • gua • gem
1. qualquer meio sistemático de comunicar ideias ou sentimentos através de signos convencionais, sonoros, gráficos, gestuais, etc.;
2. qualquer sistema de símbolos
ou sinais ou objetos instituídos
como signos; código;
3. maneira de exprimir-se
própria de uma escola;
4. maneira de expressar-se própria
de um grupo social, profissional
ou disciplinar; jargão, língua.
1. processo que envolve a transmissão e a recepção de mensagens entre uma fonte emissora e um destinatário receptor;
2. a informação transmitida, seu conteúdo;
3. ato de conversar; conversação, colóquio;
4. exposição, oral ou escrita, sobre determinado tema;
5. habilidade de dialogar e se fazer entender.
co • mu • ni • ca • ção
con • ver • sa • ção
1. ação de conversar; conversa, colóquio;
2. diálogo sobre temas comuns, visando um entendimento.
1. todo suporte de difusão da informação que constitui um meio intermediário de expressão capaz de transmitir mensagens;
2. base física ou tecnologia empregada no registro da informação.
mí • dia
mei • o
1. possibilidade de fazer qualquer coisa; método, maneira, modo;
2. aquilo que serve para
alcançar um fim;
3. procedimento, objeto, instrumento que permite a realização de algo.
Aqui não cabe uma conclusão com “então percebemos que representação é isso”. Como já falamos, essa não é a intenção. Mas podemos apresentar também o nosso ponto de vista e nossa percepção depois de tudo o que lemos, ouvimos e vivenciamos.
SCHEILLA
ALICE
Representar é o primeiro passo no caminho da materialização das nossas ideias, principalmente na graduação. Através da representação instituímos um canal de exposição e conversação com as nossas ideias, este é pautado pelo desenho que por sua vez estabelece a linguagem utilizada. Portanto, representar é comunicar e representação é comunicação.
Eu não acredito que atualmente seja possível separar arquitetura de representação. Francis Ching fala que geralmente associamos “representação gráfica” com os “desenhos de apresentação”, e acredito que fiz isso por muito tempo. Mas representação é MUITO mais que isso. Representação é o corte, a planta, a fachada, a perspectiva, a axonométrica. É o desenho humanizado e o desenho técnico, o croqui e o detalhe. É um diagrama, um render, uma colagem, um rabisco em um guardanapo ou um banner de final de disciplina. É o que está no seu portfólio, o que você apresenta para o professor e para o cliente, o que manda pra aprovar na prefeitura. É também a fotografia, é o que vemos em um filme, uma série; o cenário. É o que está na sua mente quando você lembra de um lugar que conheceu durante uma viagem. É um meio e um fim, é produto e processo, exploração e função. Representação arquitetônica é também a conversa, ou melhor, a conversação. É dar e receber, construção coletiva, comunicação. É grande potencial enquanto linguagem crítica e propositiva. É tentativa e erro, é retomar técnicas e ferramentas consolidadas e criar e experimentar novas. É passar um ano estudando a representação e ainda não conseguir definir o termo em uma frase.
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