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Como já citado em outras páginas, os softwares BIM (Building Information Modeling) se apresentam atualmente como o sistema mais completo para atendimento das demandas inerentes ao processo de projetação, pois: 
 
Building Information Modeling integra toda a informação geométrica do modelo, as exigências e potencialidade funcionais e a informação do comportamento das partes, dentro de uma descrição simples de inter-relação de um projeto de um edifício sobre o seu ciclo de vida. Ele também inclui o relacionamento da informação processada com os cronogramas de construção e os processos de fabricação.
(EASTMAN, apud GOLDBERG, apud MOREIRA)
POTENCIAIS
O modelo proposto em BIM compreende uma base diversa de informações referentes ao projeto, possibilitando que elas sejam representadas e inter relacionadas de formas variadas. Como os desenhos, textos e tabelas, por exemplo, partem dos mesmos dados, cria-se uma garantia maior de concordância entre as representações além de facilitar processos de adaptações do projeto. 
 
BASE DE DADOS BIM
 
cronogramas
 
planilhas
 
textos
 
desenhos
 
vistas
 
quantitativo
Ao construir o modelo tridimensional neste sistema, observa-se a intenção de correspondência ao processo de construção real do objeto arquitetônico. Assim, é possível que inconsistências sejam avaliadas antecipadamente.
DESENHOS 2D
MODELO 3D
BIM
constroem
MODELO 3D
produz
DESENHOS 2D
 Mateus   Pontes 

 01:32 

EXPERIÊNCIA

 

Meu primeiro contato com projeto arquitetônico na faculdade foi através de um software BIM, o ArchiCAD. Eu me lembro de ficar impressionada que ao desenhar uma linha em planta ela se transformava em uma parede tridimensional.

 

Mas me lembro, também, de começar a desenvolver o projeto usando majoritariamente a visualização 3D em perspectiva (eu ainda não entendia muito bem a axonométrica, achava muito “quadradona” e não gostava de usar), e não entendia o por que dos professores não aprovarem essa prática. No início, para mim, os desenhos ortogonais eram apenas uma forma de entrega ou documentação do projeto, ainda não percebia sua importância no desenvolvimento. Hoje a história é outra.

 

Depois do ArchiCAD migrei para o Revit, por demanda do estágio. Lá, o “I” do BIM ficou mais evidente e comecei a perceber que projetar nesse sistema é mais do que um “jogo de The Sims”. A habilidade que desenvolvi no software a partir dessa experiência acabou impactando o uso dele na graduação.

(Scheilla)

 

Alguns professores desencorajam seu uso nas disciplinas de projeto, e é de certa forma compreensível pois a falta de domínio das suas ferramentas pode impactar negativamente o resultado. Mas, por outro lado, qual melhor lugar para aprender e aprimorar uma habilidade que na graduação, onde errar faz parte do processo e você não é necessariamente prejudicado pelo seu erro?

 

Dito isso, também não posso deixar de comentar sobre a pressão que os jovens arquitetos estão sofrendo com o BIM e tantas outras novas tecnologias que surgem em uma velocidade cada vez maior. O conhecimento e experiência em arquitetura não é mais suficiente para conseguir um emprego, agora o filtro é feito pelos softwares que você domina. E se por um lado o BIM está sendo inserido na graduação e no mercado, por outro grande parte das vagas de estágio ainda são para AutoCAD e Sketchup.

EXPERIMENTAÇÕES

 

Partindo das nossas vivências com os softwares BIM comentadas ao longo do trabalho, ambas percebemos que independente da otimização de trabalho proposta por esse sistema enfrentávamos uma barreira em relação à própria representação.

 

Usualmente praticamos a maior parte do processo de projetação nos softwares Archicad ou Revit e posteriormente exportamos os desenhos para outras plataformas com objetivo de explorar mais as possibilidades da representação. Esse processo de transporte de edição dos desenhos acaba por criar barreiras frente à organização do projeto e dificulta modificações futuras.

Tendo esse contexto como principal motivação, durante a Introdução ao Trabalho de Conclusão de Curso (ITCC) e a partir da proposta do concurso Parklet 4.0, do Portal Projetar, nos propusemos a experimentar outro processo. Este projeto foi desenvolvido no Revit do começo ao fim. Habitualmente desenvolvemos o projeto em uma plataforma BIM e exportamos os desenhos para serem trabalhados em softwares de edição de imagem (quase sempre do pacote Adobe, como o Illustrator e/ou Photoshop). Neste teste optamos por utilizar a plataforma de modelagem também para a representação através da sobreposição de característica, e esse processo mostrado em timelapse foi realizado em 10 minutos.

 
Pedro Rodrigues 
PROCESSO

 

A experiência nos permitiu ainda explorar o desenvolvimento de projeto remoto, descobrir novas ferramentas de colaboração online, e testar um modelo de apresentação de projeto que ainda não havíamos feito: a publicação no instagram. 

TCC_ALICE E SCHEILLA (1).jpg
imagem 05.JPG

A proposta do projeto visa incorporar os preceitos da Indústria 4.0 aos Parklets, considerando que este espaço público estaria inserido na realidade do "novo normal", período pós-pandemia. 

 

Nesse contexto, desenvolvemos um espaço composto por módulos, visando maior adequação aos interesses de uso. A cobertura ondulada representa o módulo base da proposta. Delimitando o espaço contíguo à calçada, ela oferece o primeiro convite à apropriação: a sombra.

 

Além do uso de software BIM para simulação, o espaço dialoga com o uso de novas tecnologias a partir da implementação de sensores que permitem acompanhamento em tempo real e organização de sua ocupação. 

O projeto permaneceu como uma ideia, com um desenvolvimento técnico ainda inicial e uma modelagem sem muitos detalhes. Dessa forma, optamos por uma representação mais abstrata, utilizando uma paleta de cores pré-definida e diferenciando os elementos construtivos a partir dela.

 

Sobre o processo do projeto, utilizamos uma plataforma de colaboração simultânea online chamada Miro. Nela, colocamos referências, desenvolvemos conjuntamente o conceito e usamos também como um papel, para realizar desenhos enquanto conversávamos por videochamada.

POSSIBILIDADE 01

 

O módulo base estende-se em suas bases para formar bancos que, aliados a mobiliários externos, podem ser apropriados para o uso mais comum dos parklets: extensões de áreas de bares e restaurantes

RESTAURANTE_ISO ESQUERDA_02.png
RESTAURANTE_PLANTA_01
RESTAURANTE_PLANTA_02
POSSIBILIDADE 02

 

Incorpora a ideia de troca de conhecimento a partir do compartilhamento de livros, sob a lógica de "pegue um e deixe outro".

PERSPECTIVA.png
ISO 02.png
POSSIBILIDADE 03

 

A partir do módulo base, alguns módulos secundários juntam-se para criar esse "hub" de higienização, possível de ser replicado em diversos pontos da cidade de modo a atender essa nova demanda que chegou com a pandemia, além de proporcionar um espaço agradável de descanso.

HIGIENE_PLANTA_01
HIGIENE_PLANTA_02
PERSPECTIVA_HIGIENE.png

A partir do projeto do parklet, é possível pensar sobre o uso de software BIM na graduação. O Revit, da Autodesk, é usualmente criticado por ser um software voltado para projetos executivos, que demanda alto nível de pré-determinação dos elementos para modelagem. Entretanto, é possível usá-lo de modo a otimizar o tempo gasto compatibilizando modelo tridimensional e projeções ortogonais, e ainda gerar desenhos de apresentação sem necessidade de outros softwares.

 Mateus  Stralen 

 07:06 

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